O barbante preso ao tear,
que seduzia o passarinho,
foi por ele conquistado,
para construir seu ninho
E por mais que tentasse,
Não adiantava a utopia,
Não, o barbante não ajudava
No fecundo de sua cria
Então desencantou-se com tudo!
Qualquer barbante que via,
Não almejava mais...
Aos seus olhos não reluzia.
Daí calou-se o sabiá,
Em Pasárgada não parava de pensar,
Mesmo sendo alertado,
Que pra Terra de Palmeiras iria voltar.
Lá foi, tornou-se amigo do rei,
Teve a cama que escolhia,
Difícil era superar a saudade.
Lá ficar, não mais queria
Então voltou, e viu,
Que o barbante que antes não servia,
pra outro sabiá,
provou ter grande valia.
(Laís Portela)
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
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4 comentários:
Nossa, pude retirar muitas coisas daí, na verdade, algumas vivências e enquanto te lia, passou um filme na minha cabeça. Acho que casa bem com o texto que você comentou lá no 'anaconfabulando'. Para o olhar do outro o barbante servia, talvez houvesse magia, mas aquele sabiá já nem via... queria além, queria mais que um barbante comum, queria um super-barbante...A assim é a vida, nós por tantas vezes somos sabiás...Lindo, lindo Láis, parabéns...!
Ps: Adorei seu perfil.
Realmente tem relação com o texto do 'anaconfabulando', na questão da não aceitação da sua realidade.
Mas a rainha fez uma escolha, e foi feliz nela. Já o sabiá...teve que perder, pra aprender a valorizar!
Já passei muito por isso, mas acredito que precisei passar!
Sou um sabiá, que hoje canto, porque pude aprender com minhas perdas, e valorizo mais o que tenho!
Brigada Ana!
^^
"O poeta escreve certo entrelinhas tortas..." AB
Eitah q esse moço eh criativo q soh!!
Do contexto desse pão, agora digerido, digo que faço parte!!
^^
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